quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Com 53% da área plantada, expansão da soja deve continuar, diz ex-ministro



A soja representará, pelo segundo ano-safra consecutivo, mais da metade da área plantada das principais culturas agrícolas do País, como milho algodão, arroz, feijão, trigo e cevada. Só a oleaginosa deverá ocupar 53,2% da área plantada na safra 2013/2014, um avanço ante os 52,1% de participação na safra 2012/2013, de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E a perspectiva, para o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, não é de mudança no cenário. "Há uma expectativa de que, mantidos os preços elevados da soja, esse modelo continue crescendo", sinalizou o ex-ministro.
O avanço da área com soja é motivo de críticas de ambientalistas e também agrônomos com relação a um avanço da monocultura do grão no País. Rodrigues também é um crítico do modelo de monocultura, mas acredita que ainda é "difícil de avaliar" se o Brasil caminha para um vício em apenas algumas lavouras, já que alterações nos preços internacionais podem determinar um recuo na área plantada no País. "Monocultura não é uma coisa boa tecnicamente por duas razões. Uma porque cria uma dependência de um único produto que a qualquer momento pode não dar certo por uma crise de superoferta. Outra é que a intensificação da atividade determinada pela monocultura gera resistência a pragas e moléstias, aumentando o custo de produção e perturbando a sustentabilidade, na medida em que se pulveriza mais vezes a planta."


Integração como saída

Uma medida que pode mitigar o avanço da monocultura da soja, afirma, é a introdução da integração lavoura-pecuária-floresta, que começou como uma técnica integrante do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Ministério da Agricultura, e neste ano ganhou uma política nacional.
Criada para reduzir o impacto do aumento da área plantada sobre matas originais e reduzir a emissão de gás carbônico a partir da atividade agrícola, esta técnica obriga o agricultor a realizar uma rotação constante de culturas, inclusive com gado e floresta, o que, segundo Rodrigues, "mitiga a questão da monocultura". Atualmente, entre 1,6 e 2 milhões de hectares fazem a integração em diversos formatos. Pelo Programa ABC, a meta é chegar em 2020 com o dobro da área de hoje, ou com 4 milhões de hectares.


Fonte: Agrolink

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Embrapa lança nova versão do website com os principais satélites usados em agricultura e ambiente



A Embrapa Monitoramento por Satélite acaba de lançar a nova versão do website Satélites de Monitoramento, uma base de dados com informações sobre os principais satélites e sensores remotos utilizados em agricultura e ambiente. O website está na sua quarta edição, com informações atualizadas, um visual mais claro e novos recursos de consulta. A nova versão já está disponível no endereço www.sat.cnpm.embrapa.br.
Em mais de 200 páginas de conteúdo, o website reúne informações técnicas sobre 31 missões espaciais responsáveis pela geração dos dados orbitais mais utilizados em projetos de agricultura e meio ambiente. São informações sobre o histórico das missões, características técnicas dos satélites, exemplos de imagens e de aplicações em trabalhos da Embrapa. Ao todo, são 105 sistemas sensores, entre ópticos e radares, e uma relação de 30 satélites, sete deles recentemente desativados.
As imagens originadas pelas missões orbitais são essenciais na elaboração de zoneamentos, mapeamentos e monitoramentos do uso e da cobertura das terras, além de apoiar a geração de importantes indicadores de sustentabilidade e competitividade para a agricultura. O site “Satélites de Monitoramento” registra uma média de mais de 8 mil visitas por mês, sendo um dos domínios da Embrapa Monitoramento por Satélite com mais acessos. As informações, organizadas numa única base de dados, ajudam a orientar o desenvolvimento de novas pesquisas, projetos e até trabalhos escolares.
Ao disponibilizar uma base de dados atualizada, a Embrapa busca contribuir para a disseminação das informações geoespaciais e seu potencial de aplicação, dentro de um mercado que cresce a cada ano. “A atualização é essencial, pois as missões são dinâmicas e os dados mudam rapidamente. Com a atualização, também conseguimos compreender melhor algumas tendências do mercado de observação da terra, as características dos novos sensores e satélites que são lançados e que podem ser utilizados nas pesquisas da Embrapa”, explica a pesquisadora Cristina Criscuolo, uma das responsáveis pelo website.

Fonte: Embrapa

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Presidente da Embrapa fala sobre perspectivas da agricultura para 2014



Em entrevista, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, faz uma avaliação do trabalho realizado pela Embrapa nos últimos 40 anos, bem como aponta as perspectivas da instituição de pesquisa no ano de 2014. Segundo ele, um dos avanços será a criação de uma Plataforma de Inteligência Estratégica, onde a Embrapa fará estudos a fim de pensar em futuros possíveis para a agricultura em todo o País, inclusive assinalando os principais desafios para os próximos 20 anos.

Assista à entrevista: